quarta-feira, 27 de maio de 2009

Vazio de ti



Tu chegaste assim, de repente, entraste sem bater a porta, e ficaste, permaneceste o tempo que quiseste, o tempo suficiente para seres inesquecivel, marcaste a minha vida duma maneira so tua, preencheste os meus dias de alegria e ternura, fizeste me mudar, a tua imagem, aprender, a ser o que querias, e ser o que hoje sou. E depois, saíste, deixando a porta aberta, e a esperança de te ver voltar para trás. Mas tu não voltaste, nem sequer olhaste para trás, seguias sempre, desaparecendo no meu olhar.

Este vazio é cada vez maior, o vazio que deixaste quando partiste sem avisar, este espaço em branco na minha vida, este espaço vazio no meu dia-a-dia. A ternura e carinho com que me invadias os dias, desapareceu, subitamente, deixou de existir. Aquela presença constante, as mensagens trocadas, as palavras sentidas, e o voar do tempo.

O tempo que se arrasta, me arrasta, me faz vaguear pelos dias, todos os dias, tentando superar, não pensar, no quanto um dia tudo foi diferente, o quanto te tive presente. A tua ausência que me mata aos poucos, me corrói e me destrói. Esta distancia que aumenta, no vazio dos dias, no correr das nossas vidas, separadas, afastadas. E as horas eternas que passei, e sem saber ainda passo, a esperar, espero apenas um sorriso, talvez uma palavra, ou se calhar um pouco mais. Porque contigo nada é demais.

É difícil, quase insuportavelmente difícil, estar aqui, sem ti, e sentir-te ai, cada vez mais longe de mim.

E o tempo que não passa, o vazio que se alastra, a distância que aumenta e esta ausência de ti.

E a porta que não fechaste por esquecimento, deixou o nada a preencher o vazio do teu lugar.


O espaço vazio, e este vazio de ti.



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